CYLK Technologing verticaliza unidade de cibersegurança

Por Ademir Morata de Souza da M4R

Empresa também contratou Alexandre Martinez para liderar grupo multidisciplinar

CYLK Technologing, empresa do Grupo IHC focada em integração de sistemas e serviços gerenciados de segurança, conectividade e multicloud, acaba de consolidar a readaptação de sua estrutura, com o estabelecimento de Business Units (BUs) que aglutinam todos os especialistas envolvidos nos projetos, da consultoria ao suporte pós-implementação.

A BU de Cybersecurity passa a ser liderada por Alexandre Martinez, que nos seus primeiros meses de atuação como diretor já atuou em iniciativas como a fusão com a Munio (especializada em segurança industrial e de automação) e no desenvolvimento da parceria com a Ópice Blum Academy para programas de compliance à LGPD.

“Percebemos que o cliente de fato precisa de uma estrutura mais ágil para entender suas prioridades e responder com o melhor recurso disponível”, conta Martinez. “Cibersegurança cobre vários aspectos, da infraestrutura técnica à cultura organizacional, e várias tecnologias se aplicam em diferentes camadas (servidor, rede, nuvem, base de dados, arquivos, entre outros.). No fim do dia, o cliente quer a solução que mitigue seus riscos, caiba no orçamento e dê tranquilidade para aproveitar as oportunidades de inovação em seu negócio”, resume.

Com mais de 10 anos de experiência na liderança de empresas de cibersegurança e participação em comitês de entidades como Abore (Associação Brasileira de Oficiais da Reserva) e Fecomércio, Martinez reconhece a dificuldade das organizações, com equipes e orçamentos restritos, de juntar todas as pontas de uma estrutura de cibersegurança.

“Embora seja um setor em crescimento e com muitas alternativas, grande parte das ofertas se concentra em determinado produto ou conjunto de funcionalidades. Essa visão limitada pode deixar brechas de risco, aumentar o custo ou, pior ainda, restringir desnecessariamente o trabalho das pessoas”, adverte.

Além de contar com o mais completo e amplo repertório de soluções tecnológicas em todas as camadas de segurança, os diversos especialistas da BU de Cybersecurity passam a ter uma colaboração ainda mais ágil, para antecipar os diversos aspectos de um projeto ou demanda e desenvolver imediatamente a solução mais eficaz.

Crescimento e novos desafios em 2019

Nos segmentos em que a CYLK já era referência em cibersegurança (gestão de vulnerabilidades; programas de conscientização; proteção de end points, segurança de rede, aplicações, dados e nuvem, e serviços gerenciados), a empresa manteve seu ritmo de expansão, com crescimento de 30% em 2018. Nesse período, a CYLK conduziu iniciativas que sinalizaram a estratégia agora consolidada com a criação da BU de Cybersecurity.

Com base nas experiências vividas neste período, Martinez destaca algumas das principais demandas dos clientes de vários setores que devem se intensificar neste ano:

Compliance, privacidade e segurança de dados se tornam questões urgentes, tanto pela adequação à GDPR e preparação à LGPD quanto por outros agravamentos das consequências de violações e vazamentos. Nesse contexto, a BU de Cybersecurity da CYLK desenvolve pacotes completos e customizados, que cobrem todas as etapas, como diagnóstico de riscos (jurídicos, institucionais e operacionais), classificação, criptografia, controles e outros componentes necessários em cada caso.

Integração de IT e OT (tecnologia de operações, ou a computação embarcada em equipamentos industriais e outros dispositivos automatizados) é um dos vetores da transformação digital, que tem como contrapartida a necessidade de proteger parques de máquinas de produção, automação predial e outros elementos que precisam de alta disponibilidade e defesas a cibercriminosos.

Segurança em nuvem continua a ser um ponto fundamental para acelerar e reduzir custos de iniciativas de negócio. A diversidade de modelos de serviços (IaaS, SaaS, VPCs, entre outros) e as alternativas tecnológicas de segurança (gestão própria de chaves, criptografia, SD-WAN e outras tecnologias) vão ao encontro da estratégia de tecnologia agnóstica e customização proposta pela BU de Cybersecurity da CYLK.
Serviços gerenciados e automação tornam-se fundamentais tanto para dar conta da complexidade da cibersegurança, quanto para se ter um caminho operacional e financeiramente viável de escalar e inovar no ambiente de segurança. A opção de serviços gerenciados, apoiada por equipes multidisciplinares e automação das tarefas técnicas, acelera a incorporação de recursos como Inteligência Artificial e Machine Learning, para enfrentar novos cenários de risco otimizando em cada momento o uso da estrutura já existente.

Multicloud e Connectivity também adotam modelo de especialização e agilidade

Além da BU de Cybersecurity, a CYLK também aglutinou times multidisciplinares nas BUs de Multicloud e Connectivity, agora dirigidas pelo sócio-diretor Rodrigo Larrabure. “Esta migração da estrutura comercial e de engenharia para as Business Units permitirá que a CYLK mantenha cada vez mais foco nas soluções e serviços ofertados, maximizando a interação entre as diversas áreas envolvidas no ciclo de atendimento”, esclarece Carlos Carnevali Junior, CEO da CYLK.

Larrabure observa que na área de Multicloud a amplitude das ofertas dos provedores e a realidade de TI em cada organização levam a demandas completamente distintas, que exigem uma abordagem customizada. “Algumas empresas estão migrando aplicações do data center; outras já começam projetos sobre microsserviços e containers; e na prática muitos combinam diferentes modelos e provedores, o que torna a gestão dos requisitos de qualidade, financeira e de segurança um desafio muito complexo e peculiar a cada cliente”, descreve.

A verticalização da BU de Connectivity, segundo o diretor, vai no mesmo caminho de acelerar a colaboração em torno da solução ao cliente. Contudo, Carnevali enfatiza que também foram aperfeiçoados os esquemas de colaboração transversais entre os grupos especializados. “Quem desenha e implementa a rede, evidentemente, já tem que trabalhar com as premissas do tráfego multicloud e da padronização das políticas de segurança”, exemplifica.